quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Primeiro reparo da educadora


A Carolina portou-se ontem mal no infantário. Teve um comportamento digno do primeiro reparo feito pela educadora ao final do dia. Mordeu outra criança. Já no dia de Natal ferrou os dentes da minha mãe por diversas vezes. Os especialistas dizem que a mordidela de criança se trata de uma forma de se expressar, enquanto não o consegue fazer verbalmente. Mas a Carolina expressa-se por palavras muito bem! Acho que no caso dela é mais uma aquisição cognitiva e que o faz para provocar reacção no "agredido".
O que me surpreendeu foi ela ter mordido o menino maior da sala dela, que sempre pareceu ter um ano ou mais relativamente às outras crianças. É enorme!! E quem me disse que foi ele o mordido foi a própria Carolina.
"O que fizeste hoje no infantário, Carolina?", perguntei. "Dodói", respondeu; "Doidói a quem?"; "Matim", disse ela, referindo-se ao Martim.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A melhor coisa do mundo

... é estar deitada no sofá com a Carolina, abraçadinhas, com ela sossegada (claro), dar-lhe beijinhos, recebê-los de volta, perguntar "gostas da mamã?" e ouvir "tim!"; "muito ou pouco?", questiono e ela responde "poupo!" :)

... é fazer figuras um tanto ridículas na festa de Natal do infantário da Carolina só para que seja ela a brilhar no palco, enquanto o pai toca harmónica e ela encanta a plateia :)

... é adormecer com ela na nossa cama, os três abraçadinhos, no aconchego mais enternecedor do mundo :)

... é colocá-la no berço, à noite - local que ela abominava até há semanas atrás - e deixá-la cair no seu soninho profundo sem reclamar, morta de cansaço :)

... é vê-la dançar qualquer música, agitando o rabito e erguendo os braços na sua dança típica :)

... é ir buscá-la ao infantário e observar a sua alegria imensa quando me vê, chamando-me incessantemente e dirigindo-se a mim :)

... é passear-mos os três, dando a conhecer à Carolina um pouco do variado mundo que a espera :)

Primeiro verdadeiro Natal


Este ano sim tivémos um Natal já com a Carolina digno de registo! Lembro que no ano passado, infelizmente, esta data festiva foi-o pouco para nós. Passámos o 25 de Dezembro e até mesmo a passagem de ano no Hospital Pediátrico.
O Natal de 2010 foi cheio de alegria, confraternização e espanto com os comportamentos da Carolina. Por esta altura tem medo do Pai Natal - "meno", diz ela - e descobriu o prazer que é comer chocolate - "talati", na sua linguagem. Apesar do tal "meno", a avó Hortense vestiu-se de Mãe Natal e distribuiu as prendas. Quer dizer, a bem da verdade quem as foi arrastando pela sala foi a pequenita. Até uma caixa enorme, contendo uma secretária de plástico, ela conseguiu empurrar e virar até que chegasse junto de nós!
De entre as dezenas de prendas que recebeu - onde se inclui uma casa do Noddy pela parte do pai e uma zebra-baloiço da parte da mãe - o que mais gostou foi um conjunto de pratos, copos e talheres de plástico. Algo que julgaríamos insignificante mas que a Carolina adora. A toda a hora pergunta pelos "patos" (pratos e não patos como pensei eu numa das primeiras vezes).
Entretanto tive de remodelar o quarto da pequena para conseguir arrumar tanto brinquedo, e enchi uma caixa (o dito caixote da secretária) com brinquedos mais antigos que coloquei, arrumados, no sótão. É que, como diz o pediatra dela, não vale a pena a criança ver demasiados brinquedos, porque acaba por não focar atenção em nenhum deles.
Viva este "PaTal" e que venham muitos mais, Carolina!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Fotos da festa de aniversário



Por causa destas modernices actuais, todos os registos da festa de aniversário da Carolina estão em vídeo. Sobreviveram apenas meia dúzia de fotografias tiradas a partir do telemóvel do meu irmão.
Na primeira que aqui exponho, Dona Carolikas lambe-se de prazer com chocolate que lhe démos. Na outra, submete-se às modas e olha-nos pela lente de uns óculos de sol.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Carolina fez "ano"

Assim é. A minha princesa já conta com um ano de idade. Parece que foi na outra semana que eu senti aquele turbilhão de emoções ao vê-la pela primeira vez, ao senti-la junto a mim (e não dentro de mim), ao observar o seu rostinho pequenino, frágil mas admirável. O milagre que me aconteceu no dia 18 de Maio de 2009 repete-se todos os dias. Principalmente quando vejo aquele sorriso maroto, pintado com alguns dentes que espreitam. É uma paixão ter um filho. Um amor, sim, mas sempre apaixonado.
Agora aprende tudo por mimetismo. Já a começámos a ensinar a "soprar a vela" para que vá devidamente preparada para a festinha de aniversário do próximo domingo.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Fashion victim


Como qualquer mulher que se preze, a Carolina vai às compras às lojas da moda. Ontem fomos - eu e ela - ao Fórum Coimbra e comprámos duas legings e umas calças de ganga para a menina. É claro que a Carolina não veio para casa sem experimentar as peças no vestiário da H&M, até porque a sua barriga gordinha assim o exige. Para não variar, o que a Carolina mais gosta nisto tudo não é a roupa em sim mas... as etiquetas!!

Aprendizagens

Eis o que a "Carolikas" já vai sabendo fazer:

- Bater palmas
- Dizer adeus
- Dar "tautau" na menina (palmadinhas na sua cabeçita)
- Pentear a Carolina
- Fazer a cara feia contra a rede do parque/cama de viagem
- Cheirar a flor
- Colocar o chapéu na cabeça
- Fazer "chap-chap" no banho
- Apontar e dizer "babé" (bebé)

Para morder o moranguinho


Começam a chegar mas dois parceiros para os quatro dentes que a Carolina já tem. São incisivos superiores e a minha esperança é que ajudem os dois dentinhos de cima a unirem-se, caso contrário vai parecer uma malandreca de uma mentirosa.
Entretanto, comer a sopa e a fruta é cada vez mais um sacrifício. Não sei o que se passa com a bebé mas só tem vontade de deglutir a nossa comida bem como o leitinho ou as papas Cerelac. Ou seja, coisas com sabor, com sal, e preferencialmente doces. Um caminho que não me está a a agradar mas tenho a noção que não passará de mais uma fase.
Em matéria de preferências, o morango é para já a sua fruta predilecta. A quem sairás, filha do teu pai?

As primeiras férias

Foi a primeira experiência de férias da Carolina com os papás. Estivémos na Oura, Albufeira, durante uma semana. Dias de verdadeira aventura. Foi uma sucessão de asneiras por parte da bebé. Agora que gatinha desenfreadamente, e estando numa casa estranha, bateu várias vezes com a cabeça e nariz no mozaico durante essas suas andanças pelo chão. Também a madeira do sofá da cozinha lhe causou algumas dores na testa, mas sem que surgissem galos. Mas as duas piores experiências foi a queda de uma cadeira para cima da Carolina (adivinhem quem a puxou, sem noção do perigo?...) e ainda a ingestão de Raid Casa e Plantas que se encontrava num rodapé polvilhado de formigas. Nada de grave, felizmente. Mas dois sustos, sem dúvida, para mim e para o pai. Ah! Quase me esqueci! A "Carolikas" também se engasgou com uma pipoca que o pai lhe deu e pôs o Ricardo a sangrar pelo nariz, depois de enfiar literalmente um dos seus deditos pela narina do pai.
Curiosa é a relação da minha filhota com a areia. Detesta-a. Odeia-a com todas as suas forças. A praia é, por isso, o único local onde ela consegue ficar sossegada; não gatinha na areia nem sequer ousa aproximar-se do brinquedo que está no meio dos grãos. Chega a chorar ao ver a areia entre os dedos das mãos. Faz-lhe impressão. O mar também não provocou nela grande paixão. Já a piscina... isso sim! Um verdadeiro fascínio para se aproximar da piscina a gatinhar e chapinhar com a mãozita.
No global foi uma experiência maravilhosa. Sempre que havia passeio a Carolina tirava proveito, olhava para tudo, apreciava, invejava a nossa comida ou então dormia. Principalmente no carro. Altas sonecas!
Tão pequenina e já foi ao estrangeiro. Estivémos em Huelva, Espanha. No restaurante portou-se à altura de quem só vê e não come. Ou seja, sentada na cadeirinha explorou tudo o que estava em cima da mesa e ao seu alcance. Como todos os objectos são entretanto retirados, nada mais lhe resta senão começar a rasgar o papel que forra a mesa do restaurante. Sobrou trabalho para os funcionários, com tanto papel rasgado e também pedaços de pão esmigalhados e cheios de saliva.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Primeira Páscoa

E assim aconteceu a primeira Páscoa da minha "Carolikas". Uma ida até à Capapinheira com direito a provar do nosso almoço - canja (sem galinha), pão, pudim e pão de ló. No final, ainda com fome, lá comeu o seu Cerelac. Seguiu-se uma ida ao café local, ao colo, nunca parando quieta. Resultado: eu fiquei tão "moída" que chegada a casa tive de ir dormir um pouco. Mas antes do regresso à Telhadela ainda fomos visitar o padrinho aos Covões. A Carolina ficou no carro, animada, ao colo do avô.
Parecia uma bonequinha a minha filhota, com um vestido-balão, muito "in".
À noite ainda recebeu as prendas da madrinha: roupa e mais roupa. Vai ficar mais vaidosa que a mãe.

sábado, 6 de março de 2010

Dicionário "carolinês"

Bem sei que daqui a uns tempos tenho de falar como uma pessoa adulta para a minha filha, mas por enquanto vou inventando umas palavras engraçadas, tais como:

Fóditis - fraldinha para adormecer
Fidókis - fralda descartável
Papitas - sopinha
Mitocas/mitoquinhas - caminha
Banhitus - banho
Caquis - cócó
Xixicu - xixi
Pitufas - pantufas

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

"Titicass" di galinha

A "Titicass" já bate palmas de uma forma diferente. Se antes abanava quase violentamente as mãos, na vertical, agora deixa ficar uma parada enquanto a outra dá umas plamadinhas na face da mão estática. E este ritual acontece preferencialmente se houve música cantada à mistura. Se forem várias pessoas a trautear, melhor!

Gatinhar é que parece não ser com ela, pelo menos para já. No entanto, há duas noites, sentimos um barulho estranho que era nada mais, nada menos, que a cabecinha da Carolina a bater no cimo da cama. Ora, se a coloco a meio do leito, é fácil perceber que algo se passou, ou seja, gatinhou um pouco por baixo dos lençóis e cobertores.

Hoje está doentinha, coitadinha. Ainda não sei do que se trata porque ganhou tosse pela primeira vez na sua vida. Vida e coração de mãe é assim, sempre em desespero...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Há nove meses...

Há nove meses eu estava muito ansiosa.
Há nove meses estava cheia de dores.
Há nove meses até dizia algum mal da minha vida...
Há nove meses pensava que não mais quereria ter outro filho.
Mas, volvidos nove meses, afastei esses pensamentos mais negativistas.
Passados nove meses acredito que a minha filha é o melhor que a vida me deu.
Passados nove meses vejo-a crescer e apreeender o mundo exterior a uma velocidade louca.
Passados nove meses já bate palminhas e ri com quantos dentes tem na boca (quatro).
Pensar que há 18 meses era apenas um ser microscópico...
Pensar que há 18 meses eu estava aterrada com a ideia de ter um filho (embora o quissese, claro).
Pensar que há 18 meses eu não conhecia este amor desmedido e incondicional.
Obrigado Carolina, por existires!!!!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

"Pingo doce venha cá!"

O título não é uma promoção ao supermercado mas sim a nova banda sonora da vida da minha princesa. Quando ouve este anúncio ou quando lhe trauteamos a música, começa logo a querer dançar (à maneira dela, claro), abanando o tronco e mexendo as pernas com vigor. E faz ela muito bem. A música é um óptimo entretenimento. É bom que comece a apreciar cedo, mesmo que se inicie pelos anúncios televisivos.

Entretanto, a "titicas", como eu e o pai lhe chamamos, já come peixinho há algumas semanas. Começou pela marmota, passou pelo linguado e na semana passada provou a maruca. Grande "maruca"!!!

Também já começa a sair ao pai e à mãe em matéria de doces. A avó deu-lhe a provar queque de cenoura e eu ofereci-lhe um pouco de musse de chocolate. É claro que não se fez de rogada em nenhum dos casos, até porque tudo o que vê cobiça, seja comestível ou não!

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Mais "frajolas"

A Carolina anda doentinha, com febre e muito má disposição. As noites então são impensáveis! Nem dorme ela nem durmo eu, apenas o pai lá vai conseguindo descansar aqui e ali, por entre o choro intenso da bebé.
Para evitar levá-la para o infectário - como lhe chamou ontem uma médica do Pediátrico, referindo-se ao infantário - estou a trabalhar entre as 7 da manhã e a uma da tarde. O meu pensamento está sempre com a Carolina: como será que se está a sentir, estará a chorar, terá febre, estará feliz?
Ela é tão mexida que nota-se "a léguas" quando não está bem. Fica prostrada, com um ar infeliz e não reage às brincadeiras.
Entretanto, boa ou má notícia: mais dois dentes vêm a caminho. São os incisivos centrais superiores, bem grandes por sinal. Estou ansiosa por ver o sorrisinho dela à velhota!...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

"Funga"

"Faz o funga, Carolina!", "faz o funga!" e lá começa ela a inspirar e a expirar rapidamente pelo nariz. Até faz umas ruguinhas maravilhosas no cimo do nariz com esta brincadeira.
Hoje faz oito meses a minha menina. Anda cada vez mais espertalhona; de dia para dia há quase sempre uma nova conquista, uma nova interacção com quem a rodeia. E também anda terrível para adormecer à noite. Antes das 23 horas é praticamente impossível deitá-la sem que chore a protestar. Quer ver televisão, sentada na cama dos pais, até altas horas. Inicia-se cedo na "boémia", para já caseira.
Depois, tenta arrancar o nariz de tanto esfreganço provocado pelo sono. "Está na hora, Carolina. Tens de dormir!!..."

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Palma, palmas e pão

Os três "pês" - porque não?... poderia ser outro título possível. Mas a explicação é simples.
"P" de palma:
Há três dias atrás, o Ricardo e eu experimentámos algo com a Carolina. Démos-lhe uma pulseira (minha) para a mão e pedimos de seguida que esse mesmo objecto nos fosse entregue, na nossa palma da mão. Durante as várias tentativas, e com alguns falhanços pelo meio - é claro! - ela lá entregou a "pulseirinha", com a intenção clara, pensamos nós, de efectivamente a largar.
"P" de palmas:
No final de cada uma destas experiências bem sucedidas, apressámo-nos a felicitar a bebé pelo seu feito até agora inédito. Batemos palmas e gritámos "eh!!". E a Carolina reage tentado também ela bater palmas, mas com um movimento de mãos de cima para baixo. Parece que sacode os dedos, uns entre os outros.
"P" de pão:
Na passada 3ª feira, dia 12, depois da recomendação e luz verde do médico pediatra, démos pão a mastigar pela primeira vez à Carolina. Ela pegou em grandes pedaços, amoleceu-os com saliva e lá foi engolindo algumas partículas. Mas faz cara feia quando um pouco de pão lhe passa na goela, dado que apenas está habituada a líquidos ou a alimentos sólidos liquidificados.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O menu alarga-se


Já em casa depois de 12 dias de internamento no Hospital Pediátrico, as coisas vão voltando lentamente ao normal. Ontem tomou o primeiro banho de banheira (e não de manápula) após a cirurgia. Há muito que se senta brincando com a imensa panóplia de brinquedos... e a perna direita mexe como se nada se tivesse passado.
Entretanto, na sopinha experimentou hoje a carne de vitela. Pareceu aprovar. Pelo menos, comeu quase tudo. E também já voltou ao bacio - fez um chichi esta manhã.
Uma das coisas que a Carolina apreciou no hospital foi a visita dos Doutores Palhaços. Cantaram-lhe (a ela e aos outros meninos) uma "modinha" de Leste (russa talvez... ou simplesmente inventada por eles) que eu ainda tento trautear. O resultado é um sorriso enorme, quando não são gargalhadas.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Artrite séptica

Por conta desta maldita infecção, que eu nunca tinha ouvido falar, a minha princesinha, tão pequenina, está há nove dias internada no Pediátrico. E eu com ela, claro, nem que tenha de dormir sobre pedras, mas não largo a minha filhota por nada deste mundo.
Vejo-me a dizer a mim mesma como nos queixamos constantemente de "barriga cheia"!!!! O que eu não dava para ela me acordar cinco vezes por noite, ou mais, no conforto do nosso quarto, sabendo que nada de ruim a afecta...
Mas ela vai ficar boa, nunca deixei de acreditar nisso, ainda que nalguns momentos a minha fortaleza tenha ruído como um castelo de cartas.
Não mais irei esquecer o momento em que a encontrei na sala de recobro, após a operação e cerca de duas horas de anestesia geral. Mas tive de ser forte para a segurar nos braços e ajudar a trazer de volta a MINHA CAROLINA.
O processo ainda não terminou. Ainda tenho muita força e apoio e amor a dar-lhe. Não tenho outro caminho. Sem ela não sou nada. Sem a minha filha já não me sinto gente...